Garantir que o investimento cresça para sustentar o crescimento e que inevitáveis déficits externos tenham um tamanho e um padrão de financiamento que não desequilibrem o País.
Assim pode ser resumido um dos maiores desafios econômicos do próximo governo, supondo que nenhuma aventura radical será tentada para mudar o atual modelo.
Como o Brasil tem baixa poupança nacional, sempre que o consumo e o investimento crescem com força, como agora, o País tem de recorrer à poupança externa, o que se traduz em déficits crescentes na conta corrente.
Numa campanha eleitoral pobre no debate econômico, nenhum dos dois candidatos tem colocado com toda a clareza como vai agir frente a esse desafio.
Do tucano José Serra, o mercado acostumou-se a esperar austeridade fiscal, o que ajudaria bastante, aumentando a poupança do governo. Mas as caras promessas eleitorais de Serra em termos de salário mínimo, aposentadoria e Bolsa-Família colocaram um ponto de interrogação naquela crença.
No caso de Dilma Rousseff (PT), supondo-se uma continuidade do que vem sendo feito no governo Lula, a aposta parece ser numa combinação de alguma moderação nos gastos, fé na queda da taxa de juro real e política industrial para ajudar setores estratégicos prejudicados pelo câmbio valorizado.
Samuel Pessôa, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), convicto de que o Brasil terá de conviver por muitos anos com a dependência de poupança externa, considera vital que o novo governo desestimule o endividamento externo do setor privado sem proteção contra perdas cambiais (hedge).
Outro caminho que o Brasil poderia trilhar, segundo Pessôa, para dar mais segurança à sua dependência estrutural de poupança externa, é partir para uma integração financeira bem maior com o resto do mundo.
O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, estrela em ascensão nos quadros técnicos da gestão petista, confia na capacidade do País de ampliar o investimento dos atuais 19% do PIB para 22% ou mais, mantendo o equilíbrio macroeconômico.
Barbosa cita dois fatores que, para ele, vão expandir a poupança doméstica, hoje de 17% do PIB: a poupança das empresas e a queda da taxa de juros real.
Assim pode ser resumido um dos maiores desafios econômicos do próximo governo, supondo que nenhuma aventura radical será tentada para mudar o atual modelo.
Como o Brasil tem baixa poupança nacional, sempre que o consumo e o investimento crescem com força, como agora, o País tem de recorrer à poupança externa, o que se traduz em déficits crescentes na conta corrente.
Numa campanha eleitoral pobre no debate econômico, nenhum dos dois candidatos tem colocado com toda a clareza como vai agir frente a esse desafio.
Do tucano José Serra, o mercado acostumou-se a esperar austeridade fiscal, o que ajudaria bastante, aumentando a poupança do governo. Mas as caras promessas eleitorais de Serra em termos de salário mínimo, aposentadoria e Bolsa-Família colocaram um ponto de interrogação naquela crença.
No caso de Dilma Rousseff (PT), supondo-se uma continuidade do que vem sendo feito no governo Lula, a aposta parece ser numa combinação de alguma moderação nos gastos, fé na queda da taxa de juro real e política industrial para ajudar setores estratégicos prejudicados pelo câmbio valorizado.
Samuel Pessôa, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), convicto de que o Brasil terá de conviver por muitos anos com a dependência de poupança externa, considera vital que o novo governo desestimule o endividamento externo do setor privado sem proteção contra perdas cambiais (hedge).
Outro caminho que o Brasil poderia trilhar, segundo Pessôa, para dar mais segurança à sua dependência estrutural de poupança externa, é partir para uma integração financeira bem maior com o resto do mundo.
O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, estrela em ascensão nos quadros técnicos da gestão petista, confia na capacidade do País de ampliar o investimento dos atuais 19% do PIB para 22% ou mais, mantendo o equilíbrio macroeconômico.
Barbosa cita dois fatores que, para ele, vão expandir a poupança doméstica, hoje de 17% do PIB: a poupança das empresas e a queda da taxa de juros real.