Ao contrário do que disse o recém-indicado ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, o nome do novo diretor-geral interino do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) não foi divulgado ontem.
O diretor executivo do DNIT, José Henrique Sadok de Sá, que estava acumulando a diretoria-geral do órgão como interino, foi afastado ontem, temporariamente, do cargo após denúncias publicada pelo jornal "O Estado de São Paulo". Ele vinha substituindo Luiz Antônio Pagot, que saiu de férias depois de também ser ameaçado de afastamento.
A decisão de tirar Sadok foi tomada após notícias segundo as quais a Construtora Araújo Ltda., de Ana Paula Batista Araújo, mulher do diretor afastado, ganhou contratos no valor de pelo menos R$ 18 milhões para tocar obras em rodovias federais em Roraima, entre 2006 e 2011. Afilhado político do deputado Luciano Castro (PR-RR) e do senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, Sadok é o sexto dirigente varrido pela crise que atinge o setor de transportes. Ele vai responder a processo administrativo disciplinar, que pode acabar resultando em demissão.
Oficializado no cargo no último dia 12, no lugar de Alfredo Nascimento, que tentou resistir, mas não suportou a pressão, Passos recebeu de Dilma a missão de promover uma "faxina" no setor. Ele era o secretário-executivo de Alfredo Nascimento. Como o ex-ministro, também é filiado ao PR, mas tem ligações antigas com o PT.
