No Brasil, a cada dia fica mais claro para população, que em política os
“princípios éticos” sempre correspondem a necessidade da classe
política em se locupletar, e que tudo é realizado contrariando todas as
normas morais e legais. Os políticos jamais demonstram preocupação em
promover o bem comum da população, ao contrário, utilizam ou lançam mão
de qualquer meio e subterfúgios para alcançar os seus objetivos.
De há muito deixaram de ser éticos, já que sempre se utilizam da
mentira para convencer ou ganhar o eleitor, iludindo-os com promessas
que sabem jamais cumprirá ou sequer pensam em um dia cumprir, já que o
objetivo traçado é unicamente o de obter um mandato que lhes permita
legislar em seu próprio benefício ou daqueles que os financiaram. Outros
almejam administrar os bens públicos, não com a meta de gestar
políticas visando o bem comum, pelo contrário, tem como meta fazer uso e
proveito, retirando deles o máximo que puderem para si e aliados.
Qualquer que seja o caso, parte da população tem a clareza, que o
político brasileiro não tem e nem adota a ética como fim, dela se
desviando, fazendo da política o meio encontrado de favorecimento para
si e para uma minoria. Isto quando não estão envolvidos com criminosos.
Tem sido comum, principalmente entre aqueles que defendem a forma de
fazer política nos dias atuais, afirmar em defesa dos seus argumentos,
que a falta de ética é uma prática utilizada por uma minoria e que há
uma grande quantidade de bons políticos. Ora, se esta afirmativa fosse
verdadeira, não assistiríamos tantos escândalos que estouram
diariamente, envolvendo a tudo e a todos. Com raríssimas exceções.
O que temos visto na prática e as nossas observações nos levam a
concluir, que há bem poucos políticos bem intencionados e estes poucos
ao conviverem neste meio podre, logo se decepcionam e em sua grande
maioria chegam a abandonar a carreira por não concordarem em se
chafurdar no lamaçal e na podridão em que vivem a maioria.
Outros também bem intencionados são obrigados a se afastarem por não
suportarem
a pressão que lhes fazem para que se aliem ou apoiem às suas falcatruas.
Esta é
a verdade. E esta podridão a gente assiste a partir das Câmaras
Municipais.
Não sei se tivemos anteriormente, um ambiente político tão imundo como
nos dias atuais. São homens públicos envolvidos em todo tipo de
falcatruas e maracutaias, sem que nada lhes ocorra.
A situação está a tal ponto, que parece que no Brasil só se dá bem quem
se envolve com este ambiente, fazendo com que as pessoas honestas e
éticas sintam vergonha de alardear esta virtude.
Vivemos hoje em uma sociedade em que a maioria se vê sem motivação para
esboçar
qualquer reação, pois se sentem marionetes nas mãos dominadas por
interesses
minoritários e escusos.
São homens públicos que envergonham a história deste País, vivendo em
uma sociedade apodrecida, envolvidos em elevados níveis de corrupção,
onde diariamente a sociedade assiste um relacionamento promíscuo
daqueles que se dizem seus representantes, associados a grupos
criminosos, organizados e até armados, e se fazendo passar como seus
protetores e benfeitores.
O que se vê hoje nas Casas Parlamentares, nas práticas do Executivo e de
parte do Judiciário, já seria suficiente para que a população se
enchesse de indignação, em uma Nação onde 25% da sua população, resistem
vivendo abaixo da linha da miséria, sendo que cerca de 9 milhões deles
passam fome literalmente, ocasionado por um modelo econômico
concentrador de renda e de pouca absorção da mão de obra, fruto de uma
política educacional pública sucateada que não oferece perspectiva de
futuro digno daqueles que dela necessita.
Enquanto assiste este quadro desalentador, os homens públicos estão a se
preocupar em atender os seus próprios interesses, sem nenhum
compromisso em criar políticas públicas eficazes visando buscar resolver
os nossos graves e estruturais problemas. Não se vê no semblante dos
nossos políticos a mínima preocupação.
Talvez, este ano, por estarmos em ano eleitoral, demagogicamente se
apresentem a população com projetos e promessas para a solução dos
problemas. Cada um terá uma solução milagrosa. Passadas as eleições os
miseráveis continuarão mais miseráveis, o pobre continuará mais pobre e
assim caminhará a passos largos a política nacional.
A situação chegou a tal ponto, que segmentos da população consideram
como normal o manancial de escândalos de corrupção em que nos
encontramos; aceita passivamente a má aplicação dos recursos o públicos
pela grande maioria dos nossos gestores, e até concordam com os desvios
éticos e morais de nossos políticos e juristas.
Quando os escândalos explodem, a mídia que está sempre omissa, passa a
explorar de forma exagerada os fatos, parecendo inclusive e em muitos
casos
está a serviço de grupos de oposição. Passado o período de audiência,
esta mesma mídia se encarrega de levar estes mesmos fatos para o baú do
esquecimento, como se nada tivesse ocorrido, de forma que este
esquecimento leve a IMPUNIDADE.
E este esquecimento parece ser feito de forma proposital, de forma que
esses mesmos políticos envolvidos nos mais variados escândalos de
corrupção, que em sua grande maioria poderiam ser enquadrados em crimes
hediondos e que enojam a maioria dos brasileiros, acabam levando-os a
serem reeleitos, pois são homens que como ninguém aprenderam a arte de
manipular as massas, seja com discursos bonitos ou mesmo utilizando dos
recursos apropriados ilegalmente. São reeleitos provavelmente por grande
parte da população, mantida na miséria e com baixa escolaridade, pois é
exatamente com esse propósito, que eles perpetuam a situação que hoje
se encontra.
Não se vê qualquer interesse de alguém em punir alguém, o que faz crer
que nos três níveis de governo - Executivo, Legislativo e Judiciário -
todos têm algum tipo de culpa no cartório, e que existe um pacto entre
eles onde ninguém mexe com ninguém, e
que cada um siga o seu caminho sem incomodar ao outro, desde que todos
continuem se dando bem.
E mesmo com tanto roubo e desvios éticos, podemos afirmar sem medo de
errar que vivemos em um país abençoado. Apesar de todos os desmandos e
desvios de conduta, de recursos e de práticas imorais dos políticos e
das nossas instituições, onde o legislativo vive a aprovar leis baseadas
em
princípios aéticos, obscuros e imorais, o Brasil é um País grandioso
que, com tantos maus tratos ainda é fantasticamente belo, próspero e
grandioso, com uma economia forte e pujante, e um povo valente, dotado
de talentos mil, capaz de superar e passar por cima de todas as
dificuldades e continuar crescendo, chegando a incomodar as maiores
economias, aquelas chamadas de desenvolvidas. Apesar de tudo e de nossos
políticos ainda chegaremos lá.
Pela grandeza do seu povo é que é esta Nação sobrevive. E está chegando a
hora de darmos os primeiros passos para modificar este quadro que aí
está. Temos o dever moral de nos unir, àqueles que já não suportam
tantos desmandos, e dá o grito de alerta. Começar a se opor a esses
desmandos, orientar aqueles que ainda não acordaram, para que de forma
pacífica, busquem priorizar os interesses da coletividade, dando um
basta aqueles políticos e homens públicos que apenas utilizam do bem
público em benefício próprio.
Pense bem.
O Brasil e sua cidade necessitam e merecem que todos se unam em
benefício da coletividade, com uma sociedade feliz, e com sua população
sem ter que passar pelo dissabor da miséria física e moral a que hoje
estão submetidos, pela falta de ética na política.
E tenha cuidado, pois este será o ano em que os lobos se apresentarão em
vestes de cordeiro. Em que os ladrões do dinheiro público, se
apresentarão como os homens mais honestos deste País ou da sua cidade.
Mais caberá a você decidir.
Uma dica apenas: pesquise a vida daqueles que se apresentarem pedindo
votos. Quem era, onde trabalhou, que cargo exerceu, como chegou ao
patamar ou ao status financeiro que demonstra hoje. O que fez como
político, agiu honestamente? O que obteve o foi com honestidade ou no
cargo que exerceu fez todo tipo de falcatrua? Estaria ele se utilizando
de órgãos públicos para alavancar a sua candidatura? Se estiver
enquadrado em algum dos itens que o desabone, negue o seu voto. Ele não
merece ser votado. Ele não é digno em ser seu representante.
Lembre-se que é você quem decide os destinos da sua cidade. Ela está em
suas mãos. Depois não se arrependa, pois um voto errado a cidade é
punida por quatro anos.
http://palavradesa.blogspot.com.br/2012/06/seja-responsavel-seu-voto-pode-mudar.html