Estirpe de Calígula: VOCÊ SABE O QUE É? Então leia este artigoDe conformidade com a lenda, o imperador Calígula nomeou seu cavalo Insitatus Cônsul de Roma. Assim procedem os governantes que se julgam donos do poder. Nomeiam quem bem desejam, embora a qualidade de seus apadrinhados, geralmente, seja medíocre. Daí, a incidência do favoritismo no serviço público, cujos gestores detêm a condição de premiar, conceder favores ou, o que é mais grave, pagar favores. Com efeito, a corrupção é caracterizada também por uma modalidade paranóica de determinadas lideranças, razão porque deve ser combatida através da concentração de esforços, preventivos e repressivos, sobre as condutas dos mais altos administradores públicos e privados. Logo, a escada deve ser limpa de cima para baixo. É pacífico o entendimento de que os gestores devem agir com transparência, impessoalidade e probidade. Sobre esses princípios a plena concordância entre os especialistas do direito. O problema não é a falta de normatização, mas a sua não obediência. No entanto, existe uma tendência entre aqueles com poder de decisão de beneficiar seus eleitores, criando grupos fechados em detrimentos dos integrantes de hierarquia inferior. Isso ocorre para a proliferação e o aumento da corrupção, danificando a responsabilidade, estimulando a pretensão de propriedade da coisa pública e permitindo a nomeação de bajuladores, à moda de Calígula, escondendo sob o tapete a sujeira da improbidade, a serviço de interesses ocultos. Com isso, a Democracia e o Estado de Direito sofrem grande erosão, pondo em risco a justiça social que lhes cabe defender. O potencial anticorrupção só pode ser eficaz quando a própria sociedade conscientizar-se de que é preciso banir comportamentos desonestos e venais, ousando denunciar. Por isso, a mídia não deve permanecer sob o domínio de poucos para que não se transforme em instrumento da falsa ideologia dos Calígula da atualidade.
Créditos de Edilson Santana.
Promotor de Justiça
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Créditos de Edilson Santana.
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