ÁRVORES DE PAU D'ARCO COLOREM AS AVENIDAS DO CRAJUBAR

Nesta época do ano, quem atravessa a Avenida Padre Cícero, entre Crato e Juazeiro do Norte, ou a Avenida Leão Sampaio, entre Juazeiro e Barbalha, se deslumbra com o colorido e a exuberância das árvores de pau d’arco. Elas estão espalhadas ao longo das rodovias embelezando a paisagem urbana de setembro a outubro.O pau d’arco, também conhecido como Ipê, é uma árvore brasileira nativa do cerrado, mas também ocorre na mata atlântica e no sertão. Algumas espécies que podem ser encontradas na região do Cariri, foram trazidas do sudeste do Brasil. A planta possui variações de cores e formatos, entre elas, estão a tabebuia róseo alba, conhecida como Ipê branco, a tapebuia caraíba (Ipê amarelo) e o ipê ocrácia (de cor roxa). As variações mais comuns, identificadas no Cariri, pertencem às espécies ocrácia, crisotrycha e impetiginosa.Por ano, o Ipê floresce de três a quatro vezes, em apenas dois meses. As árvores ornamentais são bastante utilizadas para o paisagismo em chácaras, fazendas e no espaço urbano. O engenheiro agrônomo Gerson Batista Lopes é um dos estudiosos e admiradores da espécie. “Cultivo mais de cinco mil ipês em Araripina. No meu viveiro desenvolvo projetos de pesquisa com esta variedade, e também trabalho com doações de mudas para escolas, associações e ONGs”, disse o engenheiro.Gerson acrescenta que o ipê é também uma excelente árvore melífera, pois floresce em um período onde praticamente não existe florada, e garante produção de mel para muitos apicultores. Além deste benefício, a planta possui amplas propriedades medicinais. No sertão, algumas pessoas costumam utilizar a casca do Ipê em infusão. De acordo com a medicina popular, a receita caseira age como ótimo anti-inflamatório.Apesar da grande beleza e utilidade, esta árvore está ameaçada de extinção há cinco anos, pois sua madeira resistente e de boa qualidade, e é bastante cobiçada para fabricação de móveis.